sexta-feira, 19 de abril de 2013
O Professor, livro de Charlotte Brontë, é baseado em suas experiências como estudante de línguas, em Bruxelas, em 1842. Contada sob o ponto de vista de William Crimsworth, a obra formulou uma nova estética que questionou muitos dos pressupostos da sociedade Vitoriana.
A história gira em torno do órfão William Crimsworth, o professor do título. Ao terminar seus estudos, em uma prestigiada escola inglesa, resolve ir contra os planos de seus tios: em vez de casar com uma de suas 5 primas e ser pastor, ele decide procurar seu irmão Edward em outra cidade, e chegando lá descobre que este é um bem sucedido homem de negócios. William começa a trabalhar para seu irmão no comércio, mas depois percebe que é muito explorado por ele.
Mr. Hunsden, inimigo de Edward, escreve uma carta de recomendação a um amigo seu que mora em Bruxelas, na Bélgica, para que este arrange um emprego de professor de Inglês a William. E é o que acontece: William arruma as malas e viaja para um país totalmente desconhecido, até porque não fala francês. Ele começa a trabalhar em uma escola para garotos, do Sr. Pelet, e também em uma escola para moças, da Srta. Reuter. Nesta escola ele conhece a professora de bordado, Srta.Frances Henri, a qual se torna sua aluna, pois seu maior desejo é falar Inglês. Daí para frente, os dois começam a se conhecer e se apaixonar
O mais surpreendente neste romance é que da metade para o final a atenção se volta para a personagem Francês, que aparentemente resignada com sua vida de privações, demonstra uma força e vontade de mudar impressionantes, e sempre a partir dos estudos. O conhecimento que William lhe proporciona só serve para lhe dar mais confiança. Em dados momentos, o professor William se torna coadjuvante porque o discurso de Frances revela uma independência feminina em pleno século XIX incomum, como quando ela escreve a William dizendo que estava empregada como professora de Francês em uma escola para moças:
Obviamente que eles se casam e William apóia a ideia da esposa continuar trabalhando, outra coisa inusitada para a época! Até mesmo quando ela resolve montar sua própria escola, ele não interfere. Francês é talvez a mais realista e feminista heroína da autora.
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